sábado, 4 de outubro de 2008

Solidão desde manhã.
Coisas de mim passam pela minha veia e percorre caminhos escuros.
Guardiã de mim, minha alma indaga: solidão pra quê?
Nada em especial, quero crer.
Tenho sim falta de cheiros , de beijos, de desejos, de um deslize.
Foi ela, essa solidão de não sei de quem e do quê, que se fez assombração e me desemperrou.
Paixão vermelha que arde no clitóris, no peito, na língua, estou.
Vou festar essa felicidade estranha.
Palmas prá ela.
Palmas pro ardor dela.
Palmas pelo acontecimento.
Tudo mudou de vez, bem sei.
Onde errei? Onde acertei? Onde? Onde?
O destino me jogou no meio de flores de beleza fria e perfume bom.
Brota então da minha mente imagens outonais fervidas em mel. Tudo vira festa e minha alma pega fogo.
Onde vou com as labaredas dela?
Lápis e papel me convidam, por que não?
Nasce então as cartas de minha alma pegando fogo.
Ah! solidão, que de ti será?
De mim brotará margaridas, rosas, cravos, amores perfeitos, lírios.
Jardins frescos onde repousará minha alma ardente.
Que seja, que venha, que acenda.
Amém.

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